sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Dicas para quem vive com uma pessoa diagnosticada com câncer de mama

Durante o tratamento de um câncer de mama, a mulher muitas vezes fica mais sensível e necessita muito do apoio da família, em especial do seu companheiro ou companheira. Veja abaixo algumas dicas para você apoiar quem você ama nesse momento tão delicado.

1. Esteja sempre ao lado 

Este é um momento no qual ela precisará muito de sua ajuda e compreensão. Altos e baixos virão e você deverá auxiliá-la a superar. Dedique-se a cuidar de quem você ama. 

2. Defenda sempre o melhor tratamento

O tratamento oncológico pode ser, em muitos casos, extremamente burocrático. A cobertura do convênio ou a busca por hospitais da rede pública de saúde requerem uma luta diária e em alguns casos, um pouco de paciência. Desta forma, tente, na medida do possível, se responsabilizar por todos esses trâmites. Além disso, procure informar-se sobre os direitos do paciente com câncer. Isso poderá lhe dar uma maior tranquilidade e segurança. Lembre-se que a informação é uma grande aliada em todos os momentos.

3. Seja organizado

Tente ajudá-la a organizar todos os laudos médicos, receitas de medicamentos, documentos que atestam a doença e todos os procedimentos em uma pasta. Nem todos os documentos são importantes, mas existem alguns que não podem ser perdidos. Seja o mais organizado possível. 

4. Saiba: "Não é com Você”

Caso ela esteja demonstrando muita raiva ou frustração, saiba que isso não é com você. Isso é muito comum em algumas fases da doença. Nessa hora, fique por perto, mesmo que seja em silêncio e lhe dê apoio. Dessa forma, você estará permitindo que ela expresse seus sentimentos e reclamações. Com toda certeza, ela vai se sentir melhor.

Fique de olho aos sinais e sintomas de depressão. Se você acha que ela está depressiva, ajude-a a encontrar um suporte emocional adequado, um psiquiatra, caso se trate de uma depressão que precisa ser medicada, ou um psicólogo. Converse com o médico que está acompanhando o caso.

5. Reorganize as tarefas diárias

Durante todo o tratamento, algumas mudanças e adaptações deverão ser feitas por todos os membros da família. Tente, na medida do possível, deixar a rotina diária mais parecida possível com o que era antes do tratamento. Entenda que ela pode precisar de ajuda para fazer algumas coisas que antes costumava fazer sozinha. Inclusive, pode ser que você precise assumir algumas de suas responsabilidades.

Para o seu próprio bem-estar, peça ajuda aos outros membros da família ou de amigos. Delegue tarefas e pergunte quem pode fazer o quê. Situações simples como fazer o supermercado ou pagar uma conta no banco podem ajudar muito.

6. Seja sempre sincero

Não falte com a verdade dizendo que não há nada com que se preocupar.

7. Mudanças na sexualidade do casal

A sexualidade é um dos pilares para a construção de uma boa qualidade de vida. Durante o tratamento contra o câncer, o paciente vive situações físicas que podem interferir em sua vida sexual. As modificações no corpo, como diminuição da libido, secura vaginal e falta de apetite sexual e alterações no humor, como depressão, ansiedade e tristeza, acabam trazendo consequências não apenas para a vida do paciente, mas para a vida do casal. Ela pode sentir-se cansada ou preocupada demais para pensar nesse assunto. Isso é normal e bastante comum entre as pacientes.

Alguns transtornos decorrentes do tratamento são passageiros e outros podem ser minimizados ou eliminados com apoio médico e psicoterápico, ajudando-o a superar as dificuldades e encontrar novas formas de convivência. Diante dessa situação, é muito importante que vocês conversem sobre isso. Se preferir, procure ajuda de um profissional da área, um psicooncologista pode ajudar.

8. Saiba pedir ajuda 

Ver alguém que você ama doente é muito difícil, são várias as emoções que você pode sentir neste momento e por isso, você também precisa de um espaço para falar sobre os seus sentimentos, preocupações e inseguranças. Muitas vezes, uma boa opção pode ser conversar com um amigo ou com alguém que esteja passando pela mesma situação. Mas, se possível, procure um psicólogo. Não vá esperando respostas e soluções, um dos objetivos do psicólogo é lhe proporcionar um espaço neutro de escuta e acolhimento para os seus sentimentos e angústias.

9. Tire um tempo pra você 

Mesmo que seja apenas por uma hora, marque um café com um amigo, vá cortar o cabelo, fazer uma massagem ou vá ao cinema. Saiba que tirar esse tempo para você é importante, pois lhe dará mais ânimo e capacidade de continuar cuidando da pessoa que você ama.

10. Cuide de sua saúde física e mental 

É muito comum os cuidadores descuidarem-se da sua própria saúde enquanto providenciam o melhor cuidado possível para a pessoa amada. Alguns desses problemas encontrados frequentemente entre cuidadores são altos índices de depressão, sintomas de estresse, uso de psicotrópicos e redução no nível de imunidade.

Não negligencie a sua saúde

Isso pode deixá-lo vulnerável ou até mesmo doente.


Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/dicas-para-o-companheiro-de-uma-mulher-com-cancer-de-mama

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Diversidade de Ecossistema - um novo exame contra o Câncer de Mama

Além dos exames preventivos recomendados, agora pode-se contar com uma nova descoberta do Institute of Cancer Research, de Londres. É um teste, chamado Index de Diversidade de Ecossistema (Ecosystem Diversity Index), que analisa os tumores e seu grau de agressividade, colaborando para adequar os tratamentos dos indivíduos de forma mais eficaz.

O estudo foi publicado na revista PLoS Medicine hoje (16 fev 2016) e foi financiado pelo próprio ICR, pelo Breast Cancer Now, pela Wellcome Trust e pelo Cancer Research UK.

Pesquisadores combinaram software retirado do estudo da ecologia com análise de imagem e analisou 1.026 amostras de tumores de mama não tratados em três hospitais diferentes.

Eles analisaram três tipos distintos de células – células cancerosas, linfócitos do sistema imunológico e células do estroma, que produzem tecido conjuntivo – no lugar de espécies de animais e plantas em ecossistemas naturais.

Pacientes com tumores de alto grau maior do que cinco centímetros de diâmetro, cujos tumores pontuaram alto no Index de Diversidade de Ecossistema tiveram uma chance de sobrevivência de cinco anos de 16% em comparação com 50% para os tumores com pontuação de baixa diversidade.

Os pesquisadores do ICR também analisaram o Index de Diversidade de Ecossistema além de fatores genéticos – a primeira vez que um estudo analisou o impacto de diferentes tipos de células em torno de um tumor, juntamente com a informação genética.

Eles descobriram que os pacientes que tiveram tumores com uma pontuação de elevada diversidade em conjunto com mutações no gene supressor de tumores P53 tinham poucas chances de sobrevivência.

O líder do estudo, Dr. Yinyin Yuan, líder da equipe no Centre for Evolution and Câncer, do ICR, disse: “Nossos resultados mostram que os modelos matemáticos de diversidade ecológica podem detectar cânceres mais agressivos. Ao analisar imagens do ambiente em torno de um tumor com base em princípios de seleção natural darwiniana, podemos prever a sobrevivência em alguns tipos de câncer de mama ainda mais eficaz do que muitas das medidas usadas atualmente na clínica.”

“No futuro, esperamos que através da combinação de pontuação de diversidade celular com outros fatores que influenciam a sobrevivência de câncer, tais como genética e tamanho do tumor, nós seremos capazes de distinguir os pacientes com doença mais ou menos agressiva, para que possamos identificar aqueles que possam precisar de diferentes tipos de tratamento”.

Dr Rachael Natrajan, líder da equipe do Breast Cancer Now Toby Robins Research Centre, do ICR, disse: “Nós já sabíamos há algum tempo que a diversidade genética entre as células cancerosas em tumores está associada com doença mais agressiva e os nossos novos resultados também mostram que diversidade de células dentro do microambiente do tumor também contribui para o câncer de mama agressivo. A integração da nossa nova medida com alterações genéticas pode realmente fornecer informação prognóstica adicional da genética por si só e pode abrir o caminho para uma nova onda de biomarcadores de diagnóstico.”

O professor Paul Workman, Chefe Executivo do ICR, disse: “Este genial estudo combinou técnicas desenvolvidas em ecologia e biologia celular com tecnologia de visão por computador para desenvolver um teste preditivo totalmente novo que pode vir a ser utilizado para pacientes na clínica.”

“Isso nos ensina uma lição valiosa – devemos sempre lembrar que as células cancerosas não estão se desenvolvendo e crescendo de forma isolada, mas fazem parte de um ecossistema complexo que envolve as células humanas normais também. Através de uma melhor compreensão destes ecossistemas, nosso objetivo é criar novas formas de diagnosticar, monitorizar e tratar o câncer”.

Fontes: ICR – Institute of Cancer Research, INCA – Instituto Nacional de Câncer.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Imunoterapia: uma novo tratamento para o câncer

Há várias formas de imunoterapia contra o câncer já atualmente em uso. Porém, há um tratamento mais inovador e espera-se que ele possa começar a ser utilizado em pacientes já em 2017.

Cientistas americanos informaram que este tipo de tratamento só funciona, atualmente, contra alguns tipos de câncer, são câncer do sangue: alguns linfomas e algumas formas de leucemia.

E como funciona?

O tratamento é feito exclusivamente para cada paciente. Para cada paciente são retiradas as células T (células do sistema imunológico que são como soldados que atacam os invasores). Porém essas células T não atacam as células cancerosas porque são células do próprio organismo do paciente e não são identificadas como invasoras.

Em laboratório, os cientistas retiram as células T e modificam-nas geneticamente, introduzindo um vírus que leva para dentro da célula T uma proteína que reagirá ao encontrar as células cancerosas, identificando-as como invasoras.

Essa proteína identificará outra proteína, presente na superfície dessas células cancerosas, e as células T matarão as células cancerosas.

Os cientistas afirmam que cada célula dessa fabricada em laboratório, geneticamente modificada, pode matar até 100 mil células cancerosas. Testes já foram realizados em centenas de pacientes. Em alguns pacientes o resultado não foi positivo e o câncer voltou, porém, a margem de sucesso foi muito grande.

Fonte: Globonews.

sábado, 8 de outubro de 2016

Exercícios Físicos x Prevenção contra o Câncer

A aparente relação entre exercícios e prevenção ao câncer tem chamado mais atenção da ciência, e alguns estudos indicam que a atividade física parece ter um efeito protetor contra ao menos quatro tipos diferentes da doença: o de mama, especialmente na pós-menopausa; o de cólon; o de endométrio (útero); e alguns casos de câncer gastrointestinal superior.

Mais ainda, pesquisas apontam que estar em forma ajuda também na recuperação de pacientes, em paralelo ao tratamento da doença.

Foram feitos alguns estudos epidemiológicos. Um estudo publicado recentemente indica que cerca de 10% dos casos de câncer de mama após a menopausa registrados na região da Ásia-Austrália podem ser atribuído diretamente à inatividade física. Isso quer dizer que um em cada 10 casos desse tipo de câncer estava vinculado à falta de exercícios.

Diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmam que deveríamos fazer cerca de 150 minutos de exercício de intensidade moderada por semana. Isso significa, por exemplo, uma caminhada de passo rápido ou um passeio de bicicleta, Portanto, cinco vezes por semana, com 30 minutos de exercício moderado a cada sessão.

No caso de exercícios de alta intensidade, como jogar futebol ou correr, 75 minutos por semana já seriam suficientes para reduzir riscos à saúde.

Há indícios de que a atividade física e a boa forma têm um efeito importante nos índices de sobrevivência ao câncer. Indivíduos que têm melhor estado físico têm também índices de sobrevivência maiores em cinco ou dez anos, algo que se mantém inclusive quando se leva em conta outros fatores de risco, como obesidade ou tabagismo. Além do mais, uma pessoa com um bom estado físico tem mais possibilidades de suportar o tratamento contra o câncer, que muitas vezes inclui grandes cirurgias. Essas pessoas toleram melhor a quimioterapia. E estão começando a surgir indicadores de que elas sofrem efeitos secundários menos tóxicos por conta dos medicamentos.

Que tal começar a se exercitar?

Fonte: http://institutosetoque.org.br/



quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Autoexame da Mama - Como fazer?


Segundo o Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM), o autoexame é uma ferramenta muito importante para que você conheça suas mamas e possa notar qualquer alteração visível ou palpável, mas não substitui a mamografia. O exame mamográfico é capaz de revelar tumores impalpáveis, ou seja, que estão em um estágio muito inicial de desenvolvimento.

Quanto mais precoces são a identificação e o tratamento do câncer de mama, maiores serão as chances de cura e redução da mortalidade. Por isso, é fundamental a realização da mamografia periódica, de acordo com a sua idade e o risco pessoal de desenvolvimento de câncer, independente da realização mensal do autoexame.

Confira o passo do autoexame das mamas com a Dra. Michelle Miya.


Fonte : http://institutosetoque.org.br/

terça-feira, 4 de outubro de 2016

A importância da Mamografia

O principal exame de rastreamento do câncer de mama, a mamografia, ainda não é realizado anualmente por grande parte das mulheres, afirmam os especialistas. Consultar um médico regularmente e, a partir dos 40 - ou antes, se for uma paciente de risco - realizar a mamografia todos os anos é uma medida simples e eficaz, que contribui com o diagnostico precoce.

A principal função do exame é diagnosticar lesões precoces, não palpáveis em estágio subclínico. Quando descoberto no início, a chance de sucesso no tratamento do câncer de mama supera os 90%.

No dia agendado, não devem ser utilizados desodorantes, cremes, talcos ou qualquer produto cosmético nas regiões mamárias e axilares. Afinal, esses produtos podem conter componentes metálicos que aparecem na imagem, sendo confundidos com microcalcificações, um dos principais indícios do câncer de mama. Após o exame, não são necessários cuidados especiais.

O resultado da mamografia indicará se há necessidade de complementação com outros exames, como a ultrassonografia e a ressonância magnética. As mamas são muito heterogêneas e diferentes, tanto pela composição do tecido, quanto pelo formato. 

A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é que as mulheres iniciem a mamografia a partir dos 40 anos, com periodicidade anual, até os 69 anos. Para quem tem casos de câncer de mama na família, a idade deverá ser antecipada e deve-se manter um acompanhamento clínico especializado. Homens também podem ter câncer de mama, mas a realização da mamografia é recomendada apenas em caso de suspeita.

domingo, 2 de outubro de 2016

Outubro Rosa

O movimento popular Outubro Rosa é internacional e começou na década de 1990 para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Durante este mês, iremos compartilhar informações sobre o câncer, afinal informação e prevenção são as melhores armas contra a doença.

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Depois do câncer de pele não melanoma, responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Para estimular a detecção precoce da doença e conscientizar a população, começa, neste mês, a campanha Outubro Rosa. Neste ano, a ação terá como tema "Câncer de mama: vamos falar sobre isso?"

A mensagem reforça o debate para que a população participe ainda mais das atividades promovidas em todo o País. Além de enfatizar a importância de a mulher conhecer suas mamas e ficar atenta às alterações suspeitas. As ações de conscientização visam disseminar o maior volume possível de informações sobre acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, contribuindo para a redução da mortalidade.

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama este ano no Brasil. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outros fatores que aumentam o risco da doença são fatores ambientais e comportamentais, Fatores da história reprodutiva e hormonal e Fatores genéticos e hereditários.

Em grande parte dos casos, o câncer de mama quando detectado em fases iniciais há mais chances de de tratamento e cura. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.