segunda-feira, 28 de outubro de 2013

PREVENÇÃO DE DSTs NAS RELAÇÕES ENTRE MULHERES


Ao contrário do que muita gente pensa as lésbicas estão sim, propensas a adquirir doenças quando praticam sexo sem proteção. Uma pesquisa realizada em 2003 nos Estados Unidos demonstrou que as lésbicas norte-americanas se acreditam imunes às DSTs pela “ausência de riscos”. Desse modo, a prática do sexo seguro acaba sendo negligenciada por essas mulheres, uma situação que também acontece no Brasil.


O primeiro cuidado a ser tomado é durante o sexo oral, uma deliciosa parte da atividade sexual lésbica. Mas, é importante saber que através dele podemos transmitir várias doenças como AIDS, Hepatite B, Sífilis, HPV, Herpes Genital e outras. A recomendação dada pelos pelos ginecologistas é que se utilize algum protetor para evitar contato com as secreções e tecidos – um preservativo mais fino para não se perder a sensibilidade ou uma capa de língua que além de proteger vai estimular algumas área da vagina.

O segundo cuidado está relacionado ao uso dos famosos “brinquedinhos” que apimentam a relação, mas que também podem servir de veículo transmissor das doenças sexualmente transmissíveis pela partilha de fluidos. O ideal é que não se compartilhe o vibrador, contudo, considerando a possibilidade de se tratarem de parceiras fixas, pode-se utilizar preservativo para a penetração. Mas, nunca reutilize o mesmo preservativo em ambas as pessoas. Vale lembrar que o preservativo deve ser trocado quando for penetrar em localidades diferentes (da vagina para o ânus/ do ânus para a vagina/ etc)

Além dos cuidados durante a prática sexual, as mulheres devem também observar os sinais de seu corpo para evitar possíveis infecções. Afinal, a vagina é um ambiente perfeito para a presença de lactobacilos e de algumas espécies de bactérias e o aumento exagerado de certas bactérias, por causas orgânicas, pode acarretar o surgimento de um corrimento vaginal, muitas vezes na cor amarela, branca ou cinza, que possui um cheiro desagradável. Nesse caso, pode-se estar diante de uma possível vaginose ou vaginite que, embora não seja considerada uma DST, pode aumentar e muito a chance de adquirir uma doença sexualmente transmissível e acarretar infecção nas trompas ou no útero. Para se evitar o aparecimento das vaginites deve-se eliminar o uso de duchinhas e de produtos químicos que causam irritação e desconforto à vagina.

Manter os exames em dia também é importante para que mulher tenha sua saúde íntima preservada. Exames anuais de HIV e preventivo são fundamentais.

A verdade é que as lésbicas têm questões de saúde diferenciadas que exigem sim um atendimento específico, mas à maioria delas não se sente confortável para informar ao seu ginecologista sobre a sua sexualidade. É preciso quebrar essa barreira e manter uma conversa franca com o médico. Afinal, sexo é bom mas deve ser feito de forma saudável.

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