quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Disfunções Sexuais e desarmonia

A disfunção ou desvio sexual pode levar à desarmonia entre o casal. inadequação sexual aqueles casos em que um ou ambos  

O perfeito relacionamento afetivo e sexual do casal envolve não só questões de ordem orgânica e prática, bem como importantes aspectos emocionais. 

Nos casos de origem não orgânica, a falta de experiência, as informações distorcidas sobre a sexualidade, repressões sexuais na infância, repressões por má interpretação de conceitos religiosos, mitos e tabus, os mais diversos, são observados com freqüência. 

Independente das disfunções sexuais propriamente ditas, diferenças nas preferências sexuais dos parceiros também merecem destaque, pois podem ser causas de conflitos. Por exemplo: Determinadas pessoas preferem ter relações sexuais a noite, outros pela manhã ou no decorrer do dia. Um dos parceiros pode preferir determinadas posições ou práticas sexuais diferentes das preferências do outro. Desde que nenhum dos parceiros sinta-se violentado com tais práticas, estas opções devem ser francamente discutidas possibilitando um acordo que atenda e seja prazeroso para os dois.

Outra formas de pressão e conflito entre os casais é o desencontro sócio-econômico. Em virtude da possibilidade dos dois parceiros trabalharem, muitas vezes em extensas e estafantes jornadas, pode ocorrer um desencontro de oportunidade e ânimo para a atividade sexual. 

Em determinadas situações, um dos parceiros, com o objetivo de encobrir sua própria dificuldade, pode assumir uma atitude que piore ou impeça a resolução da disfunção sexual apresentada pelo outro. Por exemplo: uma mulher sem interesse pelo sexo pode assumir uma postura que humilhe e mantenha o parceiro que sofre de disfunção erétil sob controle, evitando assim a atividade sexual. Um homem com dificuldade de ereção pode acusar a mulher de ser fria e desinteressante, mascarando a razão do problema e transferindo a responsabilidade para o outro. Se estas situações forem assumidas pelos parceiros a relação pode se manter estável, apesar do sofrimento vivido pelo casal.

No entanto, na grande maioria dos casos, as disfunções sexuais levam invariavelmente ao comprometimento emocional e afetivo do casal. Em muitos casos os parceiros não conseguem sequer conversar sobre seus problemas. Sem saber como resolver suas dificuldades, o casal afasta-se física e afetivamente e não raro ocorre a dissolução do relacionamento. 

Mas, se existe amor, afeto e o interesse em manter o relacionamento, uma terapia de casal será, sem sombra de dúvidas, benéfica. Neste caso é extremamente importante que os dois parceiros estejam de acordo, pois de nada adiantaria a participação forçada de um deles. O tratamento ajudará a compreender as razões das dificuldades e a perceber novas formas de lidar com as mesmas, possibilitando uma reaproximação e integração do casal. Até mesmo naquelas situações em que dissolução do relacionamento for a única opção, a terapia possibilitará que esta passagem seja vivida sem grandes traumas ou conflitos, tornando os parceiros mais preparados para usufruir de relações futuras.

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