Quantas vezes nos pegamos julgando as atitudes e o comportamento alheio? Julgamos isso como certo, aquilo como errado e definimos o que seria um comportamento moralmente aceitável. Esquecemos que esses julgamentos de valor são construídos por nós ao longo da nossa vida baseados na nossa cultura, religião e sociedade. Por isso, muitas coisas que entendemos como errado, outros povos vêem da forma mais natural possível. Além disso, esses valores podem mudar com o tempo o que nos leva a questionar se vale a penar julgar o comportamento das outra pessoas com base nos nossos valores.
O filme, "A Massai Branca" baseado na autobiografia de Corinne Hofmann a partir da narrativa do relacionamento entre uma mulher branca europeia e um homem negro africano, levanta uma interessante discussão sobre as diferenças culturais, incluindo as de gênero, ao expor o choque cultural vivido por ela ao se apaixonar e casar com um guerreiro Samburu, habitante de Barsaloi, uma comunidade afastada, onde não há eletricidade, água encanada, asfalto, posto médico, nem mesmo moradias confortáveis. Com cenas fortes que se chocam com os costumes e tradições ocidentais , o filme nos leva a refletir sobre a necessidade de considerarmos as devidas variações culturais, antes de a compararmos a outras realidades. São abordados também as diferenças entre a forma como cada cultura encara o relacionamento sexual e os conflitos que essas diferenças podem causar.
Enfim, “A Massai Branca” é um filme que se acompanha com interesse e curiosidade. Com certeza vale a pena assistir.
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