terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Muita selfie, pouco sexo!

A pesquisadora holandesa Christyntje Van Galagher da Universidade de Wageningen publicou um estudo que relaciona a elevada exposição pessoal dos usuários da rede social Instagram ao nível de carência sexual. Segundo o estudo as fotografias denominadas "selfies" seriam um grito de socorro de pessoas oprimidas pelo abandono.

O estudo denominado “Het fotograferen van ontbering en eenzaamheid”, que em livre tradução diria “Fotografando a carência e a solidão”, interpreta as fotos selfies como sendo uma fuga digital da realidade concreta marcada pela insegurança e o medo do abandono.

Para a doutora em Psicologia Christyntje Van Galagher, “os viciados em selfies avaliam seu nível de bem-estar baseados nos "likes" que a imagem que construíram de si mesmo recebem. Usam filtros e tecnologias de manipulação de imagem para venderem uma imagem aos fãs. No entanto, a vida real é sem photoshop”.

O estudo entrevistou 800 pessoas adeptas deste hábito e detectou que 83% não possuem vida sexualmente realizada. O número que mais choca é o contraste entre a publicação de imagens e a prática sexual. A média de postagem de imagens "selfies" por parte dos entrevistados é de 45 fotografias mensais e apenas 2 relações em igual período.

A doutora Christyntje sentencia: ”O tempo que eles correm o dedo na telinha do iPhone deveria ser usado de forma mais criativa e erótica para não dependerem do julgamento dos seguidores para se sentirem realizados”.

FONTE : Jornal De Telegraaf, 13/06/2014, p.26

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