domingo, 23 de junho de 2013

A INCRÍVEL HISTÓRIA DOS VIBRADORES

A maioria da pessoas pensa que o vibrador foi inventado por motivos sexuais para satisfação da mulher, mas a verdade é que o vibrador foi por um bom tempo considerando um excelente instrumento no tratamento de uma doença feminina que os médicos chamavam de  "congestão da genitália", ou "histeria".
A crença numa doença chamada "histeria" existe desde o tempo do Hipócrates, e significa doença do ventre e era causada pela negligência que o útero sentia. Segundo Platão, o útero era um animal dentro de um animal e que, de vez em quando, ficava fora de controle e  precisava ser apaziguado. A forma como se apaziguava este "animal" era massageando a vulva, que era tida como parte do útero, e que através deste processo se provocava uma crise da suposta doença. Essa crise era uma espécie de febre a que era dado o nome de paroxismo histérico, e que apresentava contrações e lubrificação e que, após essa crise, a mulher se sentiria melhor, por algum tempo. 

Infelizmente, a histeria era incurável e crônica, por isso a mulher teria que voltar ao médico várias vezes. E isso fazia com que os médicos perdessem muito tempo, porque era um processo demorado e trabalhoso e porque o "tratamento" era feito através de uma estimulação manual. Portanto, quando o vibrador foi inventado, os médicos aderiram a este instrumento para facilitar e acelerar o processo.

Vibrador movido a vapor

Vibrador a Manivela 


O primeiro vibrador foi inventado em 1869 pelo médico norte-americano George Taylor que lhe chamou "O Manipulador", em resposta a este desejo dos médicos de acelerar o processo através de um meio mecânico. Nada de pilha, bateria ou eletricidade: o primeiro vibrador era movido a vapor. Alguns anos depois, em 1880, apareceu o vibrador movido a manivela, inventado pelo inglês Joseph Mortimer Granville.

Vibrador Elétrico

No início do século XX, em meados de 1902 surge o primeiro vibrador elétrico, inventado por Kelsey Stinner e comercializado pela empresa norte-americana Hamilton Beach, especializada em equipamentos de cozinha. O vibrador foi o quinto eletrodoméstico a existir,vindo a ser comercializado antes do ferro elétrico. Enfim, o remédio para curar a histeria feminina era levado para dentro dos lares. A versão caseira tornou-se extremamente popular e era frequentemente publicitada em revistas femininas. Os anúncios eram bem interessantes e traziam frases como: "A vibração é a vida"; "Porque você, mulher, tem o direito a não estar doente"; "A vibração proporciona vida e vigor, força e beleza" ou "O segredo da juventude foi descoberto na vibração".


Até o ano de 1920 os vibradores eram considerados somente um objeto doméstico sem nenhuma relação com brinquedos sexuais. A publicidade da época, inclusive, anunciava as várias utilidades do produto – e nenhuma delas era erótica. Mas nos anos seguintes, os vibradores começaram a ser utilizados em filmes pornográficos e a sua imagem ganhou uma conotação sexual. Aos poucos,os médicos abandonaram o uso do vibrador em seus consultórios, os brinquedos foram sendo proibidos pelos maridos e as propagandas em revistas e jornais começaram a desaparecer. O remédio virou fetiche.Os filmes fizeram com que o vibrador ficasse estigmatizado como coisa de mulheres da vida, nenhuma mulher fina ou mãe de família poderia ter uma histeria tranquila sabendo que uma mulher de vida fácil fazia uso do mesmo instrumento.

A partir de então, a venda de vibradores era feita discretamente. Em caixas de aspirador de pó e outros eletrodomésticos.

O vibrador começou a perder sua imagem de instrumento médico e nos finais dos anos 60 com início da "queima dos sutiãs", quando estudos revelaram a importância do orgasmo pela estimulação direta no clitóris, o vibrador se popularizou como um aparelho sexual fundamental para a mulher.Vieram então grandes mudanças, agregaram ao bastão uma capa de silicone ou látex, dando ao produto novos formatos e cores proporcionando um contato muito mais agradável a pele.

A evolução tecnológica também ajudou muito, micro motores foram desenvolvidos aliados a baterias mais leves e duradouras, reduzindo o peso dos produtos e criando vários tipos de vibração para estimular ainda mais a região pubiana.
A partir dos anos 90, os vibradores e brinquedos sexuais ganharam mais visibilidade com com series e filmes que abordam o tema, tais como, por exemplo, a serie Sex and the City ('O Sexo e a Cidade'), da HBO.  Hoje em dia, podemos encontrar vibradores de todos os tipos, feitios, cores, formas, tamanhos, e com diferentes funções.

E para finalizar, indicamos o filme Histeria lançado em dezembro de 2012 e dirigido por Tanya Wexler. O filme faz uma justa homenagem a criação dos vibradores sob um ótica não pornográfica. Confira o trailler:

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