Todos sabem o que o sexo é algo
inerente ao ser humano e o acompanha desde os primórdios da humanidade. E da
mesma forma que o homem vem se transformando através dos tempos, a sua relação
com sexo também vem sofrendo transformações.
E ele vem se redescobrindo, se reinventando e trabalhando sua
sexualidade. E nessa longa jornada de
autoconhecimento criam-se mitos, tabus, conceitos e preconceitos. Coisas que
hoje podem parecer engraçadas ou absurdas já foram consideradas padrões de
comportamento e assim juntamente com o homem a sexualidade vem evoluindo ou na
visão de alguns retomando suas origens instintivas.
Por exemplo, na pré-história as posições sexuais não eram nada convencionais. Papai-mamãe definitivamente não era a posição padrão. Uma imagem encontrada em Ur, na Mesopotâmia, datada de 3200 a.C., mostra a mulher por cima, posição também encontrada em obras de arte da Grécia, do Peru, da China, da Índia e do Japão. Uma outra imagem pré-histórica mostra a mulher sentada com as pernas levantadas para facilitar a penetração do homem. A relação com penetração por trás também aparece com frequência, assim como imagens de sexo oral.
Os homens primatas faziam
estátuas eróticas que podem ser consideradas ancestrais da pornografia. A mais
famosa é conhecida como Vênus de Willendorf: uma mulher de nádegas e peitos
grandes com traços de corante vermelho, encontrada em uma região com traços de
ocupação de até 40 mil anos atrás. Naquela época, a Europa vivia a Era Glacial,
e as mulheres gordinhas teriam maior potencial de resistência, e por isso podem
ter sido as gostosas da vez.
Na Grécia Antiga, pênis pequenos
eretos eram admirados pelas mulheres, enquanto que os grandes eram considerados
antiestéticos.
Os brinquedos eróticos também não
são privilégios dos dias atuais. As gregas usavam um pênis artificial feito de
couro macio fabricado na próspera cidade de Mileto e exportado para várias
regiões. Não se sabe se o dildo era usado nas relações homossexuais femininas,
mas com certeza era usado pelas hetairas, prostitutas de luxo, durante suas
apresentações de danças eróticas nos banquetes.
Nada de condenar o sexo solitário:
na Grécia e na Roma antigas, a masturbação era vista como natural. No Egito, a
masturbação era até parte do mito da criação.
Casais de homem com homem e
mulher com mulher eram comuns na Grécia. Havia até mitos para explicar a origem
da pederastia, a relação entre homens maduros e jovens: o primeiro dizia que
Orfeu, um dos seres da mitologia grega, acabou se apaixonando por adolescentes
depois que sua mulher, Eurídice, morreu.
Durante a Idade Média, sexo era
pecado e deveria ser evitado a todo custo. Só uma posição era consentida pela
Igreja: a missionária (atual papai-e-mamãe). Ela tem esse nome porque os
missionários cristãos queriam difundir seu uso em sociedades onde predominavam
outras práticas. Para os cristãos, ela é a única posição apropriada porque,
segundo São Paulo, a mulher deve sujeitar-se ao marido. O recato entre quatro
paredes era tamanho que, em alguns lares mais tradicionais, o casal transava
com um lençol com um furo no meio!
Para desincentivar o prazer
sexual solitário, surgiram nessa época os mitos de que os meninos ficavam com
espinhas ou calos nas mãos caso se masturbassem. Se uma menina se tocasse, ou
estava tendo um encontro com Satã ou havia sido enfeitiçada por bruxas. A
paranoia era tão grande que muitos tomavam banho vestidos - até o banho era
considerado um ato libidinoso.
A relação homossexual era chamada
sodomia e era crime com pena de morte, além de ser considerada heresia pela
Igreja - os homossexuais poderiam até ser queimados em fogueiras. No Oriente,
era aceito - mas na surdina. Por exemplo, em exércitos em guerra, era
preferível a relação entre soldados do que recorrer a prostitutas.
Durante a Idade Moderna a
liberdade sexual aumentou, mas algumas práticas ainda eram condenadas de forma
bizarra. Por exemplo, havia a pena de morte por enforcamento para aqueles que
assumiam o homossexualismo. Mas mesmo assim, muitas pessoas assumiam sua
homossexualidade. Foi no século 18, começaram a surgir vário bordéis masculinos
na Inglaterra, as "molly houses" ("molly" era a palavra em
inglês para "efeminado"). Mas eles funcionavam à surdina.
A invenção da camisinha moderna
também é creditada a Fallopius e ocorreu nessa época por volta 1550. Ele que
recomendava o uso de um envoltório de linho sobre a glande para evitar a
disseminação da sífilis.
Uma outra curiosidade dessa época
é a descrição de uma doença bizarra pelo
médico alemão Johannes Lange: a clorose que atacava quem não fizesse
sexo! Entre os sintomas, letargia e palidez. O tratamento: sexo, claro
Hoje, o sexo é encarado de forma
mais natural, apesar de haver ainda muitos tabus a serem quebrados. Fala-se de
sexo nas escolas e os adolescentes iniciam sua vida sexual cada vez mais cedo. O
sexo deixou de ser uma prática vinculada ao casamento e a maioria dos casais pratica o sexo em várias
posições, além disso utilizam brinquedos eróticos em suas relações e falam
sobre suas fantasias. E apesar de ainda existir muito preconceito, a prática do
homossexualismo não é mais condenável.
E assim o sexo vem se transformando através da história, mas sem perder sua essência: o prazer
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